sábado, 16 de abril de 2011

Junto delas, apenas consigo falar delas. O olho: explicação da que delas já havia curado o olho. Tinha endireitado o torto. Achado melhor lugar de olhar. A coisa toda já estava encantada. Tinha esta descoberto que do olho ruim nada se deve ver, causo que o bom é de ad-mirar a vida. Se se mira certa certeza, o tonto desaparece e a bala sai da canela. Foi assim que se entendeu. Mas era preciso desabafo. Foi mostrar de ver como o olho ruim tava funcionando detrás da retina: que das delas, as outras, já se sabia que construía a teia e que a maldição devia mesmo era de continuar, se estender para as próximas árvores do lugar de lá.
A dor doía fundo enquanto se desdizia o feito. O olho ruim da uma delas saltou de ver tanta feiúra, mas num teve causo de se tocar de parar seguinte fala, ela foi esgotada até o sangue ruim escorrer.
Dá medo de dia desses a coisa continuar. Deve se encerrar estória, mas num se encurta o caminho da viagem. O tempo de mim Delas vai se esgotando, mas enquanto não acaba acontece de o coração ficar repousado no olho mau. Ele sangra, quer molhar de chorar, mas a gota fica parada na decisão de ir pra lá ou pra cá.
O Teatro ia acabar de vir, quando se vai ver palhaço em boca de praça feita. Foi atrasado o tempo, mas chegado instante se vê o palhaço palhaçada vestir de nu o rei, que enganado foi a festa.
A festa tinha de acontecer e sem querer levar uma delas junto decidiu fazer pesagem passagem na curandeira que recomendou uma poção que calasse o instante. De certo funcionou, porque em instante o coração se desviou de dentro e sorriu um pouquinho pra fora, pra beber paragem de amor de Outro, amor de gente fora, gente que não acontece todo dia. Foi se decidindo deixar a gota da água de dentro num escorrer. Escolheu assim sorriso regular e foi pra fora tentar num ver. Foi que tudo se ajeita, a boca abre-fecha num cessar desespero, que desencontro, daí foi que. A poção, o esconder parecia que funcionava até que no repente do instante outro a dor voltou e o olho se desescondeu detrás do coração rasgado, pouco tempo se teve para disfarçar e encontrar uma solução para o rei nu não aparecer... Parecia funcionar, mas o tempo, já andava desregulado. O oi. O ai. O hum. Já não chegava, um golpe, um tempo, rasgo, fundo, lança, corta... de repente quando se vê, está fora de qualquer lugar, sentindo dor tão profunda que o sangue parece escorrer e ensangüentar todos os Outros, eles que lá de fora já num se via. Só de dentro e de dentro perfura, rasga e dói.
O olho saído pra fora, já não mais arranja tempo de nada... Só tenta ver que é assim que se é e que nada mais pode ser feito, sentir... Difícil sentir. A procura da porta de saída, essa é a primeira busca... Sempre é delas a primeira busca.

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