sábado, 16 de outubro de 2010

O abismo é passível de se enfrentar pela Dança.
A ventania apenas começava. Forte, intensa.
O tempo-outro abismava passagem.
Todos tentavam segurar seus pertences.
Vento forte. Bravo.
Depois aconteceu que no céu se via redemoinhos.
Compridos, longos. De susto e beleza.
Foi que fugi. Corríamos em direções todas a procurar abrigo.
Dali se chegou a proximidade com o furacão. Imenso, se aproxima.
De lado a outro tentava-se correr, mas não foi. Eu. Escolhida fui.
Escolhida de mim, por mim, para mim.
O redemoinho me perseguia. Sem poder recuar, paro e uma nuvem se faz, sobre minha cabeça. Cai chuva.
Quando espera-se que tudo acabe, lá vem um abutre.
Fora de céu. No chão. A encontrar um jeito-maneira de cagar.
Do susto o aumento tanto. Um abutre cagando.
Fixada imagem. Fim de ventania. Espaços, silêncio.
Olhar o céu e vê-se que de mais longe vem uma maior tempestade.
Agora negra, menos bonita e mais insegura.
Em tempo de preparo e conhecimento de causa. Rompemos lance de esconder-se.
Proteger-se. Sim. Maior coragem.
Quando se olha para traz, a novidade, novinha. O tempo desfez.
Calmaria houve.

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