quarta-feira, 14 de julho de 2010

maeternidade

a pouco, enquanto ninava um dos sonhos daqui, fui surpreendida com um olhar profundo e sincero que me fez lembrar a primeira vez em que "vi" minha mãe. Digo, primeira vez dentre todas as outras, não fui criada longe dela, fui crida por ela, mas...
não sei que idade tinha, talvez 13, 14 anos, talvez mais. o tempo do cronos não me reteve, mas a sensação interna nunca mais pude esquecer.
cada vez que me vem a imagem é como se tivesse acontecido a um minuto atrás. no eterno do tempo...
naquele momento meus olhos se debruçaram sobre seu rosto e foi como se tivesse saido de um encantamento. vi minha mãe. vi seus olhos. a textura e cor de sua pele.
dali nunca mais pude vê-la da mesma maneira, pois que ao fato sucedeu-se inúmeros insights e reflexões sobre a sua existência.
acho mesmo que foi naquele dia que nosso cordão foi cortado. não no eterno corte. mas naquele corte que nos fragmenta e inícia um processo que parece nunca mais acabar. aquele o qual até hoje me faz juizo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário