terça-feira, 6 de julho de 2010

GRADUAÇÃO

Há uma semana finalizei um trabalho de dez anos. A sensação que temos quendo iniciamos algo e não concluimos é que para todo sempre estaremos acorrentados.
Quando olho "ao quê", vem sempre a pergunta de até quando iremos disfarçar? até quando teremos que utilizar a máscara para ser algo, poder dizer algo?
Sinto-me muito bem por ter fechado essas dez anos, apenas não acredito que para além do papel haja-me serventia. O papel me autoriza adentrar mais ainda num mundo de mentiras e bobagens. Todos nós correndo, desesperados prontos para irmos não se sabe para onde. Correndo a buscar a recompensa do "quê"?
Sinto-me agora amargada, amarga, jiló... o tempo me fez ver/sentir assim...
Isso jamais significa que deixei de acreditar na vida. Aliás, agora mesmo é que acredito. Mas o gosto da bilis me salta a boca quando entro em contato com o PAPEL. Aquele que me deu um grau. GRAU. DEGRAU. para cima ou para baixo? Sou mais um número, então. Nem importando para que direção.
e ouso repetir: não quero a faca nem o queijo, quero a fome!

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