quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

a beira do abismo

Claro que durante todo o dia o que ela escutava era apenas a agonia daqueles que se penduravam à beira do abismo e decidia não encará-lo. Todo tempo eles, agonizantes, proclamavam o apocalipse. Alguns momentos, ou todos a alegoria da caverna de Platão vinha a mente. Era necessário ter sabedoria para olhar para o abismo e para lançar-se. Aprender mais alto voo. Criar e crescer asas... Ou morrer, morrer vivo?, viver morto? ela não resistiu, lançou-se de encontro ao desconhecido, ao abismo, a não-espera apocalíptica. descobriu a dança, descobriu o voo.

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